Bruno henrique no campeonato amador e depois no futebol profissional

Campeonatos amadores e futebol profissional: A relação no Brasil.

 

Em nosso país essa relação, entre o futebol amador e o futebol profissional, é muito intensa.

Tendo a sua história iniciando ainda na era do amadorismo do esporte, se contrastando com a profissionalização desde o princípio.

Essa relação perdura até os dias atuais e tem novos capítulos escritos a todo momento.

Por causa disso, nós vamos falar neste texto sobre a relação entre o futebol amador e o futebol profissional no Brasil.

Trazendo uma linha do tempo de cada etapa das trajetórias e como se entrelaçam com o tempo.

Destacando as maiores diferenças entre ambas as práticas, além de trazer os maiores campeonatos e jogadores que saíram do amador para o profissional.

Tenha uma boa leitura! 

Pessoas jogando o futebol amador

O que é o futebol amador?

 

O futebol amador pode ser considerado todo o futebol que não envolve vínculos profissionais em sua disputa.

O futebol tido como amador é o mais disputado por todos nós.

É o futebol do dia a dia, onde a prática do esporte é muito voltada para o divertimento e entretenimento.

São as peladas, os jogos de várzea, os campeonatos de bairro, e todos os tipos de disputa que envolvem o futebol sem haver a sua profissionalização. 

Onde os clubes são montados por amigos, familiares, colegas de trabalho e pessoas próximas, como uma forma de se reunir para jogar um bom futebol. 

E assim são formadas as equipes há mais de 100 anos. 

Onde, ainda no início do século XX o futebol disputado em todo Brasil era considerado amador, pois não havia regulamentação para que fosse profissionalizado. 

Naquela época os clubes surgiam em locais como as empresas em que os funcionários trabalhavam, nos bairros em que moravam, ou até mesmo em famílias.

A junção de pessoas que se conheciam era o primeiro passo, logo em seguida era realizado a compra de materiais e por fim eram providenciados os campos para jogar. 

Assim, as equipes começaram a se formar, os campeonatos passaram a ser criados e dessa maneira os praticantes tomaram gosto pela coisa. 

Com o passar dos anos o número de equipes e jogadores foi crescendo, os equipamentos mudaram, os campos evoluíram, até chegar no que vemos hoje. 

Um esporte sendo praticado e amado em cada canto do Brasil, entre jovens e adultos de todos os gêneros. 

Por isso, o futebol amador hoje é uma grande fábrica de novos jogadores e entretenimento para toda a comunidade que o rodeia. 

Pois passaram a olhar para a várzea e todo o cenário amador com mais atenção. 

E assim surgiram alguns dos maiores campeonatos de futebol amador do Brasil.

Os maiores campeonatos de futebol amador do Brasil.

 

No Brasil grandes campeonatos amadores são disputados, sejam eles a nível municipal, regional ou estadual.

Sempre que abrimos as nossas redes sociais nos deparamos com algum lance incrível que ocorre pelos campos de várzea do país.

Tendo essa percepção, alguns movimentos para poder organizar de uma forma melhor os campeonatos passaram a ocorrer.

Em meio a sua organização estão inseridas grandes marcas, grandes canais de comunicação e até mesmo federações profissionais.

Esses grandes nomes servem de incentivo, fortalecendo o futebol dos atletas.

E é isso que motiva as equipes a continuarem existindo, se organizando e lutando pelos títulos.

Veja a seguir alguns exemplos dos maiores campeonatos amadores do Brasil:

  • Copa Kaiser – A marca de cerveja dá nome a diversos campeonatos que acontecem pelo Brasil afora, sendo sediada em SP, PR, SC, MG por exemplo, cada uma com um formato próprio. 
  • Torneio Corujão –  Disputado em Minas Gerais, o torneio reúne equipes de BH e região metropolitana. 
  • Copa Itatiaia – Realizado pela rádio Itatiaia, a copa conta com a parceria da Federação Mineira de Futebol, reúne várias equipes da região metropolitana de BH e já levou mais de 20 mil pessoas para presenciar a sua final que ocorreu na Arena Independência. 
  • Taça das favelas – Organizado pela CUFA, Central Única das Favelas, a taça foi criada envolvendo favelas de todo o Rio de Janeiro, hoje ela já é disputada em outros estados e conta com o apoio de ex-jogadores como Zico, Romário, Bebeto e Júnior. 
  • Copa Leões – A competição que é sediada na zona sul de São Paulo tem duração de seis meses e envolve 64 equipes, divididas em 16 grupos, mostrando a força do futebol amador de SP. 

Assim, as grandes marcas e organizações do país vão se mostrando cada vez mais por dentro do cenário amador.

Dando melhores condições da prática do futebol, com campos melhores, árbitros bem preparados, equipamentos de primeira linha.

Fazendo com que as equipes se interessem pela disputa, pelos prêmios, pela exposição, por uma maior organização interna. 

De uma maneira que possa motivar os times e demais pessoas envolvidas, com a presença de ex-jogadores, olheiros de grandes clubes. 

Pensando justamente no futuro das pessoas que estão envolvidas com essas competições.

Onde são observados os jovens com potenciais enormes, que podem se tornar grandes estrelas do futebol profissional no futuro. 

Para isso existem os grandes torneios de várzea, que representam tão bem o futebol brasileiro.

comunidade no futebol amador

A história do futebol profissional no Brasil.

 

O futebol é um espaço muito importante para a evolução dos indivíduos como um todo.

Seja no aspecto pessoal, de uma forma a dar um futuro melhor em outras áreas, ou mesmo como atleta profissional, trazendo sustento próprio e para toda família. 

O futebol tem essa força motriz de modificar vidas, desde o início ainda jovem, onde traz novas perspectivas e vai até os passos futuros no futebol amador e profissional.

O futebol profissional no Brasil teve início na década de 1930, mais exatamente em janeiro de 1933. 

Porém, antes disso, o esporte já dava os primeiros passos para tamanha transformação, onde atletas já eram remunerados.

O que fez com que os debates acerca de uma mudança do amadorismo para a profissionalização pudessem ocorrer. 

Onde os direitos dos atletas fossem preservados, à sua remuneração e melhores condições de trabalho e de vida. 

Para isso, o Brasil seguiu exemplos de países da Europa que criavam ligas oficiais e tornavam o esporte uma prática profissional.

Tendo como motivação a primeira copa do mundo, realizada no Uruguai em 1930.

No início desse movimento tudo era muito tumultuoso, tendo equipes que não queriam aderir a mudança por não querer arcar com tantos custos. 

E até mesmo equipes que deixaram de existir por conta das necessidades do esporte de alto rendimento. 

Isso fez com que equipes mais estruturadas lutassem pela transformação do futebol em algo profissional, já visando grandes competições e uma maior organização. 

Assim, o esporte dava mostras de que precisava de mais organização para acontecer, para além das quatro linhas. 

O futebol profissional, para ocorrer, depende de todo uma estruturação por trás, que envolve diversas áreas de um clube. 

Os clubes precisam seguir estatutos, ter departamentos que separam os vários setores, para poder disputar as maiores competições do país. 

Para isso, os clubes precisam de profissionais como: 

  • Médicos; 
  • Fisioterapeutas; 
  • Nutricionistas; 
  • Educadores físicos; 
  • Psicólogos; 
  • Advogados;  
  • Jornalistas; 
  • Seguranças; 
  • Gestores financeiros. 

Que se dividem em áreas, como: 

  • Departamento Médico; 
  • Departamento Jurídico; 
  • Departamento Financeiro; 
  • Departamento de Comunicação. 

Para isso, os clubes precisam manter as áreas ocupadas por especialistas do ramo para que o esporte seja disputado em altíssimo nível. 

E essas são as maiores diferenças que separam o futebol profissional do futebol amador. 

campo de futebol amador vs futebol profissional

A relação entre futebol amador e profissional no Brasil.

 

Como abordado nos outros itens, o futebol amador e profissional tem uma relação estreita.

Do futebol amador surgem grandes estrelas, que posteriormente brilham no futebol profissional.

E o futebol profissional, graças ao seu grande alcance midiático, os grandes clubes do Brasil e do mundo, acabam motivando jovens em todos os cantos.

Como é o exemplo do apoio de marcas e outras organizações com os campeonatos amadores.

Mostrando como essa relação é próxima e mútua, onde um tipo de futebol alimenta diretamente o outro.

E isso pode ser percebido desde 1933, quando de fato ocorreu a profissionalização do futebol, onde se separaram as equipes mais estruturadas das amadoras.

Tomando caminhos diferentes, as duas formas de se disputar o esporte foram ocorrendo e crescendo, até chegar no presente momento.

Hoje, a relação é bem próxima desses “dois mundos”, tendo como base principalmente a migração de atletas do amador para o profissional.

Assim, os clubes preenchem lacunas deixadas pelas categorias de base, pelos departamentos, suprindo as necessidades com atletas e demais funcionários. 

Como um exemplo desse movimento e dessa relação, nós desenvolvemos uma lista de grandes jogadores que passaram de uma área para a outra.

Jogadores que foram do amador para o profissional 

Em meio a essa relação, vários jogadores que tiveram reconhecimento a nível nacional e mundial, surgiram do futebol amador.

Vindos dos campos de terra pelo Brasil, das equipes de várzea e de campeonatos como os que foram citados anteriormente, vários deles brilham em nossas televisões, nos campos pelo mundo. 

Muitos não passaram pelas categorias de base dos clubes, chegando com idade mais avançada ao profissional. 

Assim, diversos jogadores tiveram a oportunidade de dar um salto em qualidade de vida ao seguir essa carreira.

Destacamos 5 jogadores que tiveram passagem marcante pelo amador e também pelo profissional, veja a seguir: 

  • Bruno Henrique, jogador do Flamengo, disputava os campeonatos amadores de Belo Horizonte e região metropolitana.  
  • Gilberto Silva, campeão mundial com a Seleção Brasileira em 2002, ex- Arsenal, Atlético Mineiro e Grêmio, disputava campeonatos amadores no interior de Minas. 
  • Liedson, ex-jogador do Corinthians e Sporting de Portugal, disputava os campeonatos amadores na Bahia.
  • Michael, ex-jogador do Flamengo, atualmente no Al Hilal da Arábia Saudita, disputava os campeonatos amadores no Mato Grosso e em Goiás. 
  • Leandro Damião, ex-jogador do Internacional, Santos, Cruzeiro e Flamengo, atualmente no Kawasaki Frontale do Japão, disputava os campeonatos amadores em São Paulo. 

Isso mostra a importância de preservar o futebol amador pelo Brasil, sabendo do seu potencial em transformar vidas. 

Esses exemplos de jogadores tiveram que lidar com grandes desafios durante suas carreiras, mas graças a força que o futebol amador tem, superaram as barreiras.

Por isso é importante manter essa proximidade entre o futebol amador e o futebol profissional no país, para que inúmeros profissionais de todas as áreas possam surgir. 

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  • Post publicado:21/11/2022
  • Tempo de leitura:16 minutos de leitura

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